quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Plantas Medicinais

11/03/2010 - 15h34




Anvisa regulamenta uso de plantas medicinais de tradição popular



As orientações em relação ao uso do alho, por exemplo, incluem deixá-lo em água à temperatura ambiente, em vez de usar água fervente


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta quarta-feira (10) uma regulamentação para o uso de plantas medicinais, com o objetivo de popularizar a prática. A medida, que faz parte da RDC 10, busca esclarecer quando e como as drogas vegetais devem ser usadas para se alcançar efeitos benéficos.



“O alho é um famoso expectorante e muita gente tem o hábito de usá-lo com água fervente. No entanto, para aproveitar melhor as propriedades terapêuticas, o ideal é deixá-lo macerar, ou seja, descansar em água à temperatura ambiente”, explica a coordenadora de fitoterápicos da Anvisa, Ana Cecília Carvalho.



Inaladas, ingeridas, usadas em gargarejos ou em banhos de assento, as drogas vegetais têm formas específicas de uso e a ação terapêutica é totalmente influenciada pela forma de preparo. Algumas possuem substâncias que se degradam em altas temperaturas e por isso devem ser maceradas. Já as cascas, raízes, caules, sementes e alguns tipos de folhas devem ser preparados em água quente. Frutos, flores e grande parte das folhas devem ser preparadas por meio de infusão, caso em que se joga água fervente sobre o produto, tampando e aguardando um tempo determinado para a ingestão.



Preparo correto

Outra novidade da resolução diz respeito à segurança: a partir de agora as empresas vão precisar notificar (informar) à Anvisa sobre a fabricação, importação e comercialização dessas drogas vegetais no mínimo de cinco em cinco anos. Os produtos também vão passar por testes que garantam que eles estão livres de microrganismos como bactérias e sujidades, além da qualidade e da identidade.



Além disso, os locais de produção deverão cumprir as Boas Práticas de Fabricação, para evitar que ocorra, por exemplo, contaminação durante o processo que vai da coleta, na natureza, até a embalagem para venda. As embalagens dos produtos deverão conter, dentre outras informações, o nome, CNPJ e endereço do fabricante, número do lote, datas de fabricação e validade, alegações terapêuticas comprovadas com base no uso tradicional, precauções e contra indicações de uso, além de advertências específicas para cada caso.



Drogas vegetais x fitoterápicos

As drogas vegetais não podem ser confundidas com os medicamentos fitoterápicos. Ambos são obtidos de plantas medicinais, porém elaborados de forma diferenciada. Enquanto as drogas vegetais são constituídas da planta seca, inteira ou rasurada (partida em pedaços menores) utilizadas na preparação dos populares “chás”, os medicamentos fitoterápicos são produtos tecnicamente mais elaborados, apresentados na forma final de uso (comprimidos, cápsulas e xaropes).



Todas as drogas vegetais aprovadas na norma são para o alívio de sintomas de doenças de baixa gravidade, porém, devem ser rigorosamente seguidos os cuidados apresentados na embalagem desses produtos, de modo que o uso seja correto e não leve a problemas de saúde, como reações adversas ou mesmo toxicidade.



As orientações da Anvisa para o uso de plantas medicinais podem ser encontradas em um documento em pdf no portal da agência (http://www.anvisa.gov.br/).



Saiba como utilizar algumas plantas medicinais populares

Nome Forma de utilização Modo de usar Alegações Contraindicações Efeitos adversos

Alho (Allium sativum) Maceração: 0,5 g (1 col café) em 30 mL (cálice) Utilizar 1 cálice 2 x ao dia antes das refeições Hipercolestero lemia (colesterol elevado). Atua como expectorante e antisséptico Não deve ser utilizado por menores de três anos e pessoas com gastrite e úlcera gástrica, hipotensão (pressão baixa) e hipoglicemia (concentração de açúcar baixo no sangue). Não utilizar em caso de hemorragia e em tratamento com anticoagulantes Doses acima da recomendada podem causar desconforto gastrointestinal

Carqueja (Baccharis trimera) Infusão: 2,5 g (2,5 col chá) em 150 mL (xíc chá) Utilizar 1 xíc chá de 2 a 3 x ao dia Dispepsia (Distúrbios da digestão) Não utilizar em grávidas, pois pode promover contrações uterinas. Evitar o uso concomitante com medicamentos para hipertensão e diabetes O uso pode causar hipotensão (queda da pressão)

Picão (Bidens pilosa) Infusão: 2 g (1 col sobremesa) em 150 mL (xíc chá) Utilizar 1 xíc chá 4 x ao dia Icterícia (coloração amarelada de pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo) Não utilizar na gravidez -

Capim cidreira (Cymbopogo n citratus) Infusão: 1-3g (1 a 3 col chá) em 150 mL (xíc chá) Utilizar 1 xíc chá de 2 a 3 x ao dia Cólicas intestinais e uterinas. Quadros leves de ansiedade e insônia, como calmante suave - Pode aumentar o efeito de medicament os sedativos (calmantes)

Alcachofra (Cynara scolymus) Infusão: 2 g (1 col sobremesa) em 150mL (xíc chá) Utilizar 1 xíc chá 3 x ao dia Dispepsia (distúrbios da digestão) Não deve ser utilizado por pessoas com doenças da vesícula biliar. Usar cuidadosamente em pessoas com hepatite grave, falência hepática e câncer hepático O uso pode provocar flatulência (gases), fraqueza e sensação de fome

Mulungu (Erythrina verna) Decocção: 4 a 6 g (2 a 3 col de sobremesa) em 150 ml (xíc chá) Utilizar 1 xíc chá de 2 a 3 x ao dia Quadros leves de ansiedade e insônia, como calmante suave - Não usar por mais de 3 dias seguidos

Erva cidreira (Lippia alba) Infusão: 1 a 3 g (1 a 3 col chá) em 150 mL (xíc chá) Utilizar 1 xíc chá de 3 a 4 x ao dia Quadros leves de ansiedade e insônia, como calmante suave. Cólicas abdominais, distúrbios estomacais, flatulência (gases), como digestivo, e expectorante Usar cuidadosamente em pessoas com hipotensão (pressão baixa) Doses acima da recomendada podem causar irritação gástrica, bradicardia (diminuição da frequência cardíaca) e hipotensão (queda da pressão)

Camomila (Matricaria recutita) Infusão: 3 g (1 col sopa) em 150 mL (xíc chá) Utilizar 1 xíc chá de 3 a 4 x ao dia Cólicas intestinais. Quadros leves de ansiedade, como calmante suave Podem ocorrer reações alérgicas ocasionais. Em caso de superdose, pode ocorrer o aparecimento de náuseas, excitação nervosa e insônia

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Não finja que não é com você

O ser humano é mesmo intrigante. Das criaturas que habitam a Terra, é o único que tem o que chamamos de razão. Também é o único que se preocupa em saber se hoje é Segunda ou Sábado. Estamos tão afastados da nossa real "natureza" que olhamos o mundo com os olhos do ego. Tudo que existe, existe para mim ou para me servir. Sem querer analizar muito, eu pergunto. Se não respirarmos, morremos. Se não comermos, morremos. E de onde vem a comida e o ar que respiramos?


Não percebemos a relação de interdependência que existe entre tudo que é vivo e nós. Que triste!

Isso nos leva a agir como se fossemos mais importantes que as algas marinhas e as árvores que são as verdadeiras responsáveis pelo oxigênio do planeta. Porque achamos que podemos "cativar" animais em condições cruéis e ainda por cima, comer sua carne, que vem cheia da violência à que são submetidos. Podemos " fritar" as toxinas da carne, mas não a energia da violência que vem com ela.

No passado , viviamos da caça e sem dúvida o produto da  caça era muito saudável. Comiamos a carne de animais que corriam livres pelas matas exercitando sua musculatura até que se rendessem ao seu destino de alimentar o seu predador.

Hoje " fabricamos" animais em cativeiro para " matar a fome" do mundo. Mas que ironia, tem muito mais animal no mundo, do que podemos comer. Estamos ingerindo hormonios,toxinas , anabolizantes e violência e os únicos que pensam que ganham com isso, são os donos da industria da carne.

No plano físico somos o que comemos. Por isso nao finja que nao é com você. A população mundial, que tem acesso à comida, nunca comeu tanta carne. Justo neste momento da humidade em que usamos tantos meios de transporte para nos locomovermos. Salvo raras excessões a população ocidental não caminha como nossos antepassados caminhavam , mas come muito mais carne, porque foi ensinada assim.

No plano social somos o que pensamos, somos nosso comportamento, nossa compaixão. Temos que ser  responsáveis por nossos atos. O Brasil perde terra, água, e incalculáveis recursos naturais para manter a industria da carne.


Se acharmos que não dá pra ficar sem a carne, devemos pelo menos saber que não é só carne que estamos comendo. Estamos aliciando a crueldade que este video postado mostra tão bem. E de sobremesa, perdemos nossos recursos naturais na velocidade da luz, mantendo a posição humilhante de pais " fornecedor" de recursos básicos.

Estou postando o link do documentario " A Carne é Fraca". O video está dividido em duas partes:

Primeira Parte

http://www.youtube.com/watch?v=EghRqeZA-TU&feature=related

Segunda Parte

http://www.youtube.com/watch?v=SKz6sgnUgdg&feature=related


Se depois de assistir o documentário, você ainda não se convenceu de que a carne que esta sendo servida no mundo é fruto da ganancia e da crueldade, pelo menos agradeça à vida sacrificada para te "alimentar".